2 de julho de 2013

Depois da Terra


Eu vi que Will Smith estrearia uma distopia, dirigida por M. Night Shyamalan, junto de seu filho! É claro que eu tinha que assistir, né? 

No futuro, o planeta Terra foi destruído pelos seres humanos. Há mil anos, todos foram obrigados a evacuar em direção à para Nova Prime, um planeta em outro sistema. O problema é que o novo lar dos seres humanos já era habitado por alienígenas, as Ursas, que são capazes de farejar o cheiro de suas vítimas.

Tudo parecia ruir até que Cypher Raige consegue o que muitos nem imaginava: se tornar incapaz de sentir medo e, assim, tornar-se invisível ao inimigo. Agora todo novo membro do exército Ranger sonha em conseguir ser um "fantasma".

Após retornar de uma missão, Raige convoca seu filho Kitai para segui-lo na próxima jornada, vez que ele não havia sido chamado para ser um ranger. Eles supostamente iriam a outro planeta treinar suas habilidades de "fantasma" com uma ursa capturada. Mas tudo dá errado quando uma chuva de asteroides os obriga a parar na Terra, um planeta proibido: tudo aqui evoluiu para caçar seres humanos.

Os únicos sobreviventes da queda foram Cypher e Kitai. Mas, com o pai ferido, o garoto deve rumar em busca da outra parte da nave para salvar não só sua vida, como também a de seu pai - que foi atingido na perna e não conseguiria andar. Para isso, deve passar por desafios, em um novo planeta e ainda tomar cuidado com a ursa, que pode ter sobrevivido à queda e saído de sua jaula.



Eu gostei do filme, mas esperava mais. Achei interessante o modo como aborda o medo. Vemos como o nosso próprio medo, na verdade, é algo relativo. Não tememos algo que está acontecendo, mas algo que virá a acontecer. 

Mesmo assim, a história não empolgou. A atuação de Jaiden Smith é boa, mas pareceu apenas um garotinho assustado querendo a aprovação de seu pai a qualquer custo - e isso fez com que ele se tornasse um herói. O planeta Terra poderia ter evoluído de forma diferente, mas não vi nada lá que lembrasse dos dias de hoje! Fiquei com vontade de encontrar elementos que remetem aos dias em que a Terra era habitada - como, por exemplo, em Oblivion, que vemos o topo do Empire State Building. Descobri, porém, que cientificamente, se o planeta fosse desabitado completamente, não haveria vestígios de nossa existência, após certo tempo (aqui).

E, é claro, senti falta da verdadeira atuação de Will Smith, que não se destacou no filme como seu nome prometeria - o protagonista, efetivamente, foi seu filho. Só recomendaria para aqueles que realmente gostam de ficção científica e de distopias. Para os outros, podem deixar passar, não fará falta.