24 de fevereiro de 2011

Transplante de cabeça

No twitter, seguindo o @tweetscuriosos, li esse tweet: “Já foram feitos transplantes de cabeças em macacos”. Fiquei curiosa e resolvi procurar algo sobre o assunto.

A Guerra Fria gerou grande disputa entre as superpotências da época: Estados Unidos e União Soviética. Entre elas, houve a competição para conseguir uma melhoria na medicina.

Em 1954, o soviético Vladmir Demikhov criou um cachorro de duas cabeças, no qual cortou a cabeça, os ombros e as patas da frente de um filhote e o colocou no pescoço de um pastor alemão. A União Soviética mostrava o cachorro como maneira de se dizer superior na área médica.

Depois disso, outro soviético criou uma máquina que exercia as funções do corpo, como o coração e o pulmão e, unindo esse aparelho à cabeça de um cão, conseguiu mantê-lo vivo. E, para provar que realmente vivia, o médico chegou a alimentá-lo.

Ameaçados com as descobertas soviéticas, o governo americano começou a financiar novos médicos, entre eles o Dr. Robert White, que trabalhava em pesquisas cerebrais e conseguiu realizar um transplante de cabeça de macaco. A operação foi realizada depois de outro médico americano, David Gilboe, ter descoberto que o cérebro de um cão funciona por aproximadamente duas horas fora de seu corpo. Depois disso, White chegou a juntar o cérebro de dois cachorros, para ver se o cão continuaria agindo.


O transplante durou horas, no qual a equipe de White removeu a cabeça do macaco e a transplantou para um corpo novo. O macaco sobreviveu durante um dia e meio, mas faleceu por complicações da cirurgia.

White, então, começou uma campanha para financiar a pesquisa para transplantes de cabeça humana. Craig Vetovitz, um quase quadriplégico se voluntariou para realizar o procedimento. Este, porém, não se concretizou. White veio a falecer em 2010, sem realizar a cirurgia que tanto pretendia.

Atualmente, segundo o site 3 listado abaixo, existe uma companhia chamada Brain Trans, que têm muitos corpos e cérebros congelados, para um possível transplante – apesar de isso ser considerado antiético. Falando em transplante de cérebro – e mudando um pouco de assunto – isso me lembrou do livro Airhead (Cabeça de vento, em português), da Meg Cabot, no qual a protagonista é vítima de um transplante involuntário de cérebro e precisa aprender a viver em seu novo corpo, eu recomendo!

[1];[2];[3];[vídeo]